Explorando os cincos sentidos, o marketing sensorial projeta diversas sensações no público
Marcas que têm a pretensão de serem fortes precisam alcançar a memória e o coração das pessoas. Para que isso seja possível, mais do que uma logo legal, é preciso entender o público e projetar pontos de contato além do visual.
Essa preocupação faz com que uma marca passe a fazer parte da vida das pessoas e crie sensações inesquecíveis e uma conexão emocional e física, explorando os cincos sentidos – visão, audição, paladar, olfato e tato – em todos os níveis.
A memória mora nos sentidos, por isso é importante projetar sensações que criem vínculos com as pessoas, de um modo nostálgico. O cheiro irresistível da pipoca na entrada do cinema é puro marketing de experiência.
Ambientes que estimulam e aprimoram a experiência de compra com músicas, aromas, degustações, iluminação, é tudo marketing sensorial. Trabalhando os cincos sentidos juntos, de forma estratégica, criará uma atmosfera perfeita para as vendas.
Visão
É o primeiro sentido observado e o mais desafiante para chamar a atenção e mantê-la por mais tempo. É possível contemplar logotipos, cores corporativas, personagens e outras ferramentas gráficas, por meio da identidade visual.
Ela remete aos valores e intenções da marca, valorizando o produto e causando uma boa primeira impressão. A combinação de cores e fontes únicas precisam facilitar a lembrança do cliente.
Exemplos como o logo da Apple, os arcos amarelos do McDonald ‘s, a onda branca no fundo vermelho da Coca-Cola, entre tantos outros.
Personificação: ajudam as marcas a se aproximarem das pessoas, humanizando e criando empatia. Eles estão cada vez mais presentes em Inteligência Artificial e na internet. Como a Lu da Magazine Luiza, e o Baianinho – agora CB – das Casas Bahia.
Todos estes exemplos são familiares, não é? Porque eles conseguiram projetar, visualmente, lembranças.
Audição
O segundo mais utilizado, estímulos sonoros ampliam a projeção da marca em meios não visuais. Também fornecem feedback original e criam relações de uso.
Nesse sentido pode ser explorado músicas nas propagandas, nos ambientes e jingles.
Em recepções, lojas e mercados, o som ambiente é o diferencial, deixando o local mais relaxante e confortável. Além de aumentar o tempo de permanência do cliente, cria uma memória sonora afetiva.
Já nas propagandas, criar uma música original ou uma paródia pode fixar nas lembranças do ouvinte. Exemplos como a propaganda do refrigerante Dolly e dos Pôneis Malditos da Nissan grudam na memória, e quando menos se espera você está cantarolando por aí.
Além daquelas sons que lembram alguém ou algo da infância, como o som de alerta do MSN, ou mais atual, o som inicial da Netflix. Estes e outros exemplos despertam sentimentos e sensações sonoras fortes, não é?
Paladar
O paladar é super sensorial e intuitivo, trabalhando nossos gostos por comidas e bebidas. Marcas que trabalham diretamente com essa área, como restaurantes e padarias, devem mostrar ao cliente suas visões e missões pelo sabor.
Mas não é só empresas deste ramo que devem explorar. Em lojas físicas, disponibilizar e oferecer comes e bebes aos clientes torna a visita mais agradável. Exemplos dos salões de beleza e barbearias, que oferecem champanhe e cerveja, para o cliente degustar enquanto aguarda sua vez.
Pontos de degustação em mercados também é uma boa pedida para divulgar seu produto. Quem nunca passou duas vezes né?
Olfato
O olfato é um dos sentidos mais primitivos, emocionais e sensíveis que possuímos. O nariz pode distinguir milhares de odores diferentes, tendo poder de evocar memórias e experiências do passado.
Lugares físicos podem utilizar essências que ambientam os espaços com a presença da marca, despertando e marcando sentimentos nos clientes, pelas vitrines, pela roupa e até pela embalagem.
Por exemplo, cada prédio da FG Empreendimentos tem um aroma especial, e as lojas Le Lis Blanc têm uma fragrância própria. E quem não gosta do cheirinho que os produtos Melissa tem?
Tato
Por último, mas não menos importante, o tato proporciona estímulos que geram agradabilidade e conforto. Faz parte do design do produto e inclui: peso, textura, tamanho, entre outros elementos que remetem à sutileza do toque.
Tocar o produto antes de comprar é essencial para a decisão do cliente. Provar uma roupa, um calçado, testes drives para sentir o conforto do carro, assim como sofás e camas.
Também pode influenciar na compra de eletrônicos e livros, e nas formas que estão melhor adaptadas às nossas mãos, como em garrafas de maionese, molhos, bebidas.
E quando você compra um produto, e a caixa ou sacola te chama tanto atenção que acaba guardando.
É tudo experiência que a marca permite que você viva ao manusear. Gostamos de tocar e pegar para sentir a textura dos produtos e a qualidade. Não compramos apenas com os olhos, e sim, com toda a experiência.