Mudanças na marca ou no posicionamento da empresa?

Marcas precisam evoluir com o tempo. Se elas não se adaptarem, podem correr o risco de ficarem para trás. Conheça as diferenças entre redesign e rebrand

2020 foi um ano marcado por grandes transformações que trouxeram novos posicionamentos, além de mudanças internas e externas nas empresas. E se adaptar é essencial para a sobrevivência e competitividade de uma marca. Para isso, é necessário realizar duas ações: Redesign e/ou Rebrand.

Pode parecer que os dois são a mesma coisa, mas a ideia é diferente. O redesign é uma reformulação do design. Já o rebrand é uma nova cultura da marca, um novo posicionamento. Mas as duas estratégias podem ser complementadas. 

REDESIGN

Redesign é uma reformulação do design. Ele está sempre visível, por ser a primeira coisa que o cliente observa. Não é necessariamente fruto de um reposicionamento de marca, mas sim, uma alteração visual para se adequar às inovações. 

Ele faz parte da estratégia de comunicação e marketing de uma marca que já está presente no mercado e busca se posicionar e estar antenada às novas mudanças.

Também pode ser utilizado para atualizar aplicativos e sites, melhorando a experiência do cliente e se preocupando com a usabilidade e interatividade do usuário. 

Exemplos de redesign

  • Mercado Livre

No início da pandemia do CoronaVírus, o Mercado Livre mudou temporariamente sua identidade visual. Com a frase: “Juntos. De mãos dadas, ou não”, a logo, que antes era um aperto de mão, mudou para um cumprimento com os cotovelos, forma alternativa que está sendo utilizada para evitar contato e transmissão da doença. 

Mercado Livre

O objetivo da mudança é conscientizar as pessoas a respeito da prevenção e também alertar sobre o consumo responsável. 

  • Google

Em outubro de 2020, o Google alterou os ícones do Gmail, Agenda, Docs, Drive e Meet. Com a atualização, os emblemas das ferramentas passaram a ter as cores da empresa, deixando de lado os objetos físicos, como o envelope do serviço de e-mail. 

Google
  • Burger King

Burger King desenvolveu uma nova identidade visual. A primeira reformulação completa em mais de 20 anos.

Com um logotipo modernizado, sinalizando a evolução da marca em qualidade alimentar, sustentabilidade e digital. Ele traz de volta alguns elementos utilizados no anos 60 e introduz uma fonte inspirada no formato de seus hambúrgueres, além de uma nova paleta de cores, para criar uma identidade mais digital.

Ele também inclui uma nova fonte chamada Flame, projetada para imitar as formas da comida do Burger King.

Burguer King

REBRAND

Rebrand é uma nova cultura da marca, nem sempre visivelmente fácil para o público. Podendo ser um reposicionamento ou até mesmo um fortalecimento de valores e ideias, ou seja, muda a forma de como a marca se apresenta no mercado para seus consumidores, fornecedores, parceiros e concorrentes. 

É uma oportunidade de reavaliar a estrutura interna da empresa, entender como ela funciona e identificar os pontos fracos e fortes, traçar estratégias de metas e melhorias para curto, médio e longo prazo.

É necessário entender quais são as necessidades do público-alvo e os motivos que fazem a marca precisar ou optar por essas mudanças. Transformar seu ambiente de trabalho, engajando seus colaboradores por meio de uma nova cultura organizacional, eficiente e que esteja alinhada com sua essência e posicionamento.

Exemplos de rebrand

  • Airbnb

A empresa Airbnb passou por transformação total em 2014, quando viu que seu reconhecimento se tornou global. A ideia foi construir uma marca pensando na experiência dos clientes, sem vínculos com idiomas, culturas e lugares. 

Airbnb

O resultado foi este símbolo, onde as pessoas se sentem confortáveis em compartilhar e que se tornou pregnante no mercado de hospedagens. 

  • Banco BMG

Em julho de 2020, o banco BMG criou uma nova identidade visual, expondo através da sua logo que o banco está mudando, evoluindo e se transformando, mas sem perder sua essência, conectando o melhor dos mundos físico e digital. 

BMG

O novo propósito da marca é “Transformar para Incluir”, em concordância com a missão do banco de popularizar as soluções financeiras no Brasil. O visual foi renovado, com as cores laranja e roxo, e a assinatura do BMG passa a ser “É pra mim”, resumindo as ambições de proporcionar o pertencimento aos clientes por meio de um ecossistema completo, conectado e moderno.

  • Apple 

O primeiro logo fazia uma referência a cena de Isaac Newton com a maçã e a lei da gravidade. Com muitas informações e até meio fúnebre, a sua reprodução em tamanhos menores não ficaria bom. O público não sentiria atração, por ser em estilo antigo rementendo a algo ultrapassado.

Prezando pela simplicidade, foi lançado o logo oficial no final de 1977, com o lançamento do Apple II. Rob Janoff foi contratado para dar uma nova representação visual à marca, demonstrando as bases da ideologia da empresa. 

Retirou do primeiro logo o elemento principal: a maçã, e redesenhou com um visual muito mais limpo e moderno.

Algumas histórias dizem que o símbolo da maçã está mordido para não se confundirem com uma cereja, ou pode ser até uma conexão com byte, já que mordida em inglês é bite. 

Ao longo dos anos, o logo da Apple passou por mudanças e agora está minimalista e monocromático, tornando- se mais versátil e livre para diversas combinações de cores. 

Apple

Se adaptar é essencial para a sobrevivência e competitividade de uma empresa. A combinação de rebrand e redesign é de uma marca fortalecida, com um posicionamento que seja claro e objetivo, modernizando e atualizando sua marca para os padrões tanto visuais quanto culturais mais atuais.

Conta pra gente quais marcas vocês conhecem que já passaram por um processo de reestruturação nos últimos anos.

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