Processos de estamparias
Você faz ideia de quantas peças estampadas tem? Provavelmente, muitas. A estampa é um elemento muito usado na moda para trazer personalidade às peças. E é sobre isso que vamos falar neste artigo: sobre estamparia e tipos de estampa. E vamos começar bem do início mesmo…
Estampas são imagens ou letras gravadas em um objetivo. São uma representação visual de uma gravura que foi impressa, gravada ou prensada, adicionando detalhes gráficos ao produto.
Estamparias
Estamparia é o local onde as gravuras são transferidas para as peças. No caso da estamparia têxtil, que vamos abordar nesse artigo, essas estampas são transferidas por meio da estamparia digital, onde uma máquina faz todo o processo, ou com técnicas manuais onde há o uso de quadros, por exemplo. Abaixo, abordaremos os principais tipos de estampas utilizados no mercado.
Principais tipos de estamparia
Silk Screen
Apesar de toda a tecnologia disponível, o Silk Screen é um processo mais manual clássico, utilizado há muitos anos. Muita gente conhece também como processo serigráfico ou como impressão por telas.
Esse método funciona com uma tela para cada cor que aparece na estampa. Então, para cada cor, é criada uma matriz que recebe a tinta desse tom específico e transfere, através da pressão, a tinta para a peça. Esse processo é repetido em cada cor, até formar a estampa completa.
Com o passar do tempo, o mercado recebeu a versão do Silk Screen Carrossel, onde o processo de colocação da tinta não é mais feito de maneira manual e sim, com o auxílio de uma máquina.
O Silk Screen é um processo de muita qualidade, dura muito tempo e tem um valor mais em conta.
Silk Digital – DTG
Muito mais tecnológico, esse processo não utiliza quadros/matrizes. A estampa é aplicada com todas as suas cores, em uma única vez, diretamente no tecido.
No Silk Digital, são utilizados toners de tinta CMYK em uma base branca, onde, através da alta temperatura, a estampa é fixada na peça.
Esse método é interessante por ser feito de forma rápida, sem limites de cor nem quantidade mínima de peças, além de possuir um toque agradável e imagens em alta resolução.
Silk Digital – HD
Uma versão que surgiu para corrigir alguns problemas do Silk Digital DTG, como o cheiro do fixador e tons mais fiéis.
Para resolver o problema da fidelidade de cor, além do toner branco e nas cores CMYK, entraram também outras duas cores. A combinação de todos esses toners, de acordo com a quantidade de cores utilizadas de cada um deles, somam mais de 64 milhões de possibilidades de cores, inclusive os tons exatos da escala pantone.
Sublimação
Esse processo é bastante utilizado em peças esportivas e abadás. Trata-se de da transferência da arte gráfica da estampa, que é impressa em um papel especial, para tecidos, através de altas temperaturas. Esses tecidos podem ser já a peça pronta, ou apenas o tecido sem nenhum tipo de costura.
As tintas utilizadas nesse método passam por um processo químico onde, por causa do calor, mudam do estado sólido para o gasoso.
O único detalhe desse tipo de estampa é que o tecido utilizado precisa ter poliéster em sua composição.
Transfer
O transfer usa uma prensa térmica que, como o próprio nome sugere, transfere a imagem da estampa para a peça pronta.
Por ser um método bem rápido de estampar, que fica pronto na hora e não exige grandes equipamentos, é bastante utilizado em bancas de shoppings e em produtos promocionais.
Para execução desse método, é necessário que as peças sejam brancas e de algodão.
WOW
Esse método é quase idêntico ao de transfer, citado acima. Porém, a única diferença, é que é possível utilizá-lo em peças de algodão coloridas, enquanto que o Transfer exige somente peças na cor branca.
Estampas clássicas
Agora que você já conhece vários tipos de impressão, chegou a hora de conhecer também os nomes de estampas clássicas, que são muito utilizadas pelas marcas na moda.
Pied-de-Poule: foi criado na França e eternizado por Coco Chanel nos anos 20. É uma estampa em duas cores bastante usada em coleções de inverno.
Pied-de-Coq: segue a mesma linha da Pied-de-Poule, porém, com uma padronagem maior.
Risca de Giz: usada dos anos 20 e 30 para estampar ternos de gangster’s americanos, é utilizado até hoje no mundo da moda, inclusive em peças femininas elegantes.
Liberty: em 1875, um empresário britânico estampava a mão peças com desenhos de flores pequenas, criando então esse estilo floral.
Paisley: essa estampa era conhecida como “cashmere” e era sinônimo de sofisticação. Porém, a partir dos anos 70, passou a ser símbolo do movimento hippie, se tornando uma estampa popular.
Xadrez: com várias denominações e estilos diferentes, o xadrez caiu no gosto popular e é um clássico das estampas, apresentando listras de diferentes larguras que se cruzam e dão esse efeito tão conhecido na moda.
Animal Print: esse estilo de estampa segue o desenho da pele de animais, podendo representar um animal único, como a zebra, por exemplo, ou misturar o que seria a pena de animais diferentes, como onça e leopardo.
Como as estampas são feitas?
Há quem faça uso de obras prontas disponíveis na internet para utilização em estampas. Porém, para garantir exclusividade e ter maiores possibilidades criativas, existe um profissional que desenvolve o desenho das estampas: o designer de estampas.
Saiba mais sobre esse profissional. Clique aqui e leia o artigo que preparamos falando somente das funções do designer de estampas.
Esse profissional une criatividade e técnica para desenvolver estampas levando em consideração texturas, cores, elementos gráficos, entre outros.
As estampas são um elemento muito importante no mercado têxtil. Elas transformam peças em produtos desejáveis, influenciando no sucesso de coleções e no faturamento das empresas. O design de estampas é fundamental para garantir originalidade e ótimo padrão de acabamento.
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